segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Os aditivos alimentares que prejudicam a saúde física e mental.

 

 
Há quem afirme que o que comemos não é capaz de influenciar o nosso comportamento, está a esquecer de exemplos como o álcool, o café ou mesmo alguns cogumelos alucinogénios, e por outro está a esquecer-se que desde há muitos anos deixamos de comer apenas "comida”. A nossa alimentação atual está repleta de compostos, mais propriamente aditivos alimentares, e alguns deles são capazes de alterar a função cerebral e causar doenças . Vamos conhecer mais detalhadamente alguns desses aditivos.
E621 ou Glutamato monossódico:
Este aditivo alimentar é classificado como um intensificador de sabor, e é o responsável pelo gosto Umami, não há apenas 5 gostos (o salgado, o doce, o ácido e o amargo, adstringente), existe um chamado Umami, que pode ser traduzido para "Saboroso”, e que é dado principalmente por um aminoácido chamado glutamato.
Há diferentes alimentos que são naturalmente ricos neste aminoácido (como é o caso do tomate maduro), mas a indústria alimentar quis aproveitar a capacidade deste composto em tornar os alimentos mais saborosos, e começou a comercializar o composto em forma de concentrado, para que todos os nossos cozinhados pudessem ficar mais saborosos. O Glutamato monossódico tornou-se assim, rapidamente, o segredo de muitos pequenos e grandes cozinheiros. Mas isto tem um preço para a saúde...
Quando ingerimos glutamato monossódico sob a forma concentrada e usada como aditivo alimentar, este é absorvido rapidamente, ao contrário do glutamato naturalmente presente nos alimentos que vai sendo absorvido à medida que o alimento vai sendo digerido. Esta absorção rápida condiciona um aumento rápido dos níveis de glutamato no sangue, e consequentemente no cérebro. Alguns dos nossos neurónios usam o glutamato para comunicar entre eles (são os chamado neurónios glutaminérgicos), possuindo um efeito de excitabilidade.  A entrada de quantidades elevadas de glutamato a nível cerebral pode induzir uma hiperexcitabilidade demasiado elevada a nível destes neurónios capazes de "ouvir” o glutamato, que pode mesmo induzir morte neuronal. Hiperatividade, enxaquecas, náuseas e vómitos são apenas alguns dos sintomas.
Atualmente este aditivo alimentar pode ser encontrado em diferentes produtos alimentares, e sob diferentes nomes. Se o quiser evitar leia os rótulos atentamente e fuja das palavras "glutamato monossódico”, "Monoglutamato de sódio”, "extrato de levedura” , "proteína vegetal hidrolisada” ou E621.
 
E 951 ou Aspartame
Este edulcorante, foi descoberto "por acidente” em 1965, aquando da tentativa de criação de um fármaco para o tratamento de úlceras pépticas, e até hoje se mantém entre nós. O aspartame é constituído em 90% por dois aminoácidos (50% fenilalanina e 40% de ácido aspártico) e em 10% por metanol. Tal como no caso do glutamato (também um aminoácido), quando estes são ingeridos como parte do alimento têm uma absorção moderada, mas sob a forma de aminoácidos livres, têm uma absorção demasiado rápida, atingindo o cérebro e induzindo desequilíbrios e uma hiperestimulação das células neuronais. O metanol constitui os restantes 10% do aspartame, e o seu consumo está associada a sintomas como dores de cabeça, fadiga, náuseas, convulsões. Este metanol pode transformar-se noutro composto também muito pouco recomendável, chamado formaldeído, um conhecido tóxico para o cérebro e para a retina.
O consumo deste edulcorante poderá estar na origem ou no agravamento de: dores de cabeça e enxaquecas, depressão, alterações graves de humor, perda de memória, tonturas e alterações de equilíbrio, comportamento agressivo, desorientação, hiperatividade, excitabilidade, alterações na visão, ataques de pânico, convulsões, alterações no sono e insónia, perda de memória, e mesmo aumento da incidência de doença de Alzheimer.
Para todos os que podem argumentar "só um bocadinho não faz mal”, sabia que existe uma dose máxima recomendada para o consumo deste composto? E sabia que na rotulagem não indica qualquer referência à quantidade de aspartame contida naquele alimento? Assim sendo, quando é que ultrapassou a sua dose de segurança? Com as 2 pastilhas que colocou no café? Com a água de sabor que bebeu? Com a pastilha elástica "sem açúcar”? Com o iogurte magro? Ou terá sido apenas depois das bolachas sem açúcar? Provavelmente ainda terá margem para aquele rebuçado sem açúcar, para aquela gelatina Light, ou para o sumo Light do almoço...   Ou se calhar já ultrapassou a sua dose com as pastilhas que colocou no café da manhã. Com a quantidade de produtos alimentares que atualmente contêm aspartame, se não estiver atento, pode mesmo ser muito complicado não ultrapassar a "dose de segurança”.
 É sem dúvida um composto que depois de lhe dar um sabor doce na língua, lhe pode dar muitas amarguras. Comece por isso a ler os rótulos com atenção e evite todos aqueles que mencionem "aspartame” ou E951
 
Corantes alimentares: E102, E133 e E124
Os corantes alimentares vieram para ficar: gomas de todas as cores, gelados de cores vivas, sumos e gelatinas e muitos outros exemplos coloridos tentam há muito substituir as cores da natureza.  As festas de crianças estão repletas de cor, mas quando esta cor está contida nos alimentos, a consequência pode ser tudo menos colorida. O consumo destes corantes alimentares está associado a hiperatividade infantil, ao despoletar de crises de asma e a eczemas.  Tartrazina ou E102, Ponceau Red ou E124 e Azul Brilhante ou E133 são alguns dos nomes que deve evitar, mas há mais!  

Atualmente já existem corantes feitos a partir de produtos naturais que prometem colorir a festa de anos da sua criança, sem lhe causar dissabores.
Depois de saber disto, o nosso conselho vai para que comece a usar a natureza para dar sabor e cor aos seus pratos, usando diferentes ervas aromáticas e especiarias,  para adoçar a boca opte por edulcorantes naturais, como o stevia ou o xilitol e para colorir as festas das suas crianças, use corante feitos a partir de compostos naturais.
 
Maria Costa
 

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